sábado, novembro 13, 2010

Love is a temple, Love the higher law

Um momento quase infinito de um contentamento descontente, de fuga desesperada, negação.
Solidão.
Uma tonelada de lágrimas, dor excruciante, frio, desespero, suicídio.
Meu corpo é novamente marcado pelo seu, seu corpo é novamente tocado pelo meu.
Se o seu medo te impede, a nossa energia te eleva, essa eletricidade te corrompe, o amor grita e pede pra vir a tona, nossas mãos se tocam e o mundo acaba, acaba...
Ninguém mais existe, nem nós... nos perdemos um no outro, quem é quem? Somos um, dois em um.
Ninguém jamais gozou de tanto amor, ninguém jamais foi mais feliz, Romeu e Julieta morreriam de inveja de nós... nossa intensidade, nossa cumplicidade, essa paixão desvairada, nosso amor interminável.
De volta ao nosso casulo, somos completos outra vez.
De volta a vida.
Dessa vez eu me caso com você.

sexta-feira, novembro 12, 2010

300 mg.

Espasmos e uma noite insone.

O som perfura meus ouvidos, me dando a sensação de que as minhas preces foram atendidas e eu finalmente parti.
Mas não, ainda há toda uma estrada a ser percorrida, há um trajeto na mente, um único desejo.
Esse abraço me reconstrói, me dando forças pra olhar em seus olhos mais uma vez... mais uma vez encontrar seu corpo, me preencher dele, encaixe.
O toque gélido de minhas mãos anuncia meu medo, meu desespero, minha insanidade disfarçada de sorrisos e saudade.
Meu corpo estremece, pedindo, implorando pelo toque, pela mensagem, por qualquer sinal...
Os segundos se fazem horas, o tempo não passa e minha vida se esvai.
A tensão corroendo nossas juntas, travados, congelados naquele instante de horror.
Por que?
Não é mais fácil você simplesmente ir embora?
Por que você veio até aqui, afinal?
De repente uma energia magnética nos prende, a tensão aumenta, o caos está vindo.
Como um tornado, uma torrente de desejo nos arrebata, nos força, nos enoja e nos faz querer mais.
Olhos abertos, boca seca, mas ali.
Por instantes não nos deixamos, até que fica tarde demais.
...
Envoltos numa cortina de paixão, dilacerados pelo medo, pela mágoa... nos sincronizamos e nos deixamos levar.
A tortura agora é desejada, a proximidade que fere é sentida com prazer e nascemos outra vez.
Esse replay, esse instante, é o nosso amor pedindo lugar, querendo nos invadir.
Deixa.

terça-feira, novembro 09, 2010

It's just the touch of my hand, behind a closed door.

Ouço o telefone tocar, me levanto, vou arrastando minhas meias até chegar a fonte.
Cada milésimo de segundo precede o infinito, anuncia que meus sentidos e meus instintos estavam pulsando e me trazendo até aqui.
Cada palavra soa como um canto, como uma prece, iluminando minha casa, me fazendo levitar.
Meus pensamentos são tão irracionais, meu sangue tóxico explode em minhas veias, meu cabelo nunca esteve melhor.
Olhando em volta, reconhecendo sorrisos pelos cantos, desfalecendo ao lembrar da sensação ao toque, a divindade que que esteve ali, o ídolo.
Um passo de cada vez, até que abri as janelas e encontrei um céu azul, tão limpo, tão lindo que me senti imediatamente abençoada, imediatamente em paz.
Metódica com os afazeres... fui ditando aos deuses como proceder, cada partícula de mim desejava e ansiava aquele momento, o vazio da minha alma era preenchido com nossos corpos no espelho, analisando nosso conjunto, orgulho.
E os sons da manhã? O mundo faz silêncio, a eletricidade desse evento domina nosso universo.
A água escorre pelo meu corpo quente, as luzes se tornam cada vez mais intensas, mais tensas... me lembrando o motivo de eu estar ali e recito um mantra pra acalmar meu coração.
Me encho de cores, aromas e sabores; esperando o alívio chegar, me esqueço o real motivo desse encontro...
Até que um som final me entorpece e eu não estou mais ali, eu não existo, a matéria se desfaz... sou apenas meu pulso forte, o brilho do meu olhar, uma alma a reencontrar a sua, gêmea.

domingo, novembro 07, 2010

Não Mover

Não entendo essa necessidade de partir.
De nunca mais olhar pra trás...
Não consigo mais me encaixar aqui, não posso mais prosseguir, não existem mais caminhos, não existem mais atalhos.
Só consigo olhar através desse muro, só consigo respirar o ar a sua volta.
A necessidade de partir é o beijo, a nossa entrega, nossos corpos se fundindo, nossa dança, nossa paz, a tormenta que é esse encontro, a inabilidade de esquecer, amar você a cada segundo.

Que porra de karma é você na minha vida?