Dois seres, dois caminhos em Universos opostos.
Um encontro, PETN e TNT em partes iguais. Destroços.
Minhas mãos tremem com a lembrança de um corpo invadindo nosso espaço, meu coração pára. Uma mente congelada em um repeat frenético... perdida no tempo. Num limbo de solidão e dor, tantas perguntas em uma só. Por que?
Quando e onde meu toque se tornou pesado demais?
Quando e onde eu me deixei pra trás?
O medo responde todas as perguntas... as suas que nunca se fizeram audíveis, as minhas que perfuram e quebram a barreira do ar atingindo e quebrando, nascendo e morrendo... em mim.
Falta paz.
Num mar de pulsões e paixões sua ausência me arrebata segundo após segundo. O tempo não existe, o tempo passou e me deixou aqui. Enraizada na sua Seca, entrelaçada nos seus nós, dividida em partículas e espalhada pelo chão...
Me desculpo e me culpo por pecados não cometidos, por beijos não correspondidos, por frações de segundo de loucura. Saídas de emergência.
A voz que me cala e me deixa contraída, as mãos que me encontram só pra eu me perder mais, num labirinto de desamor e agressão. A voz que me falta. A sua voz muda.
Palavras que foram ditas e não há como voltar...
O que volta é a falta. O que volta é o não disfarçado de sim, o sim emperrado na garganta.
O que te traz é a energia desvairada desse amor. Amor que não deu, não bastou, não aconteceu.
O que nos atrai é o que nos afasta.
O caos que precede a transformação...
Somos dois, sim dois. Não dois em um. Mas dois. Dois corpos, dois lados... da mesma moeda. Somos feitos da mesma matéria.
Cada segundo eu canto e choro em silêncio, em oração chamo seu nome.
Espero.
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