sexta-feira, março 07, 2008

Real

Eu quero ir pra onde o medo de errar não exista.
Eu quero ir pra onde a saudade seja uma longa gargalhada.
Eu quero ir pra onde a dor não me alcance.
Onde o cansaço acabe com um beijo.
Onde o dinheiro não seja contado.
Onde a razão seja uma criança com uma bola vermelha.
Onde a verdade seja feliz.
Onde todos se amam pelo simples fato de compartilharem o mesmo nascer do sol.
Onde a existência tenha sentido.
Onde o perdão é consentido.
Onde a tristeza é o maior pecado.
Onde tudo é partilhado.
Onde o 'superego' é o estranho e você a criança ("nunca converse com estranhos").
Onde o sorriso é a maior recompensa.
Onde o amor é o oxigênio e a paz o alimento.
Lá não existe o frio, só o aconchego.
Lá não existe calor, só liberdade.
Lá nossos pés estão descalços.
Lá o arrependimento não foi inventado.
Lá as nuvens formam as notícias do dia.
Lá os pássaros cantam.
Lá não há 'barulho'.
Lá a paixão se espalha, acolhe, faz os olhos brilharem, as mãos se tocarem, os corpos se encontrarem.
Estive lá essa noite, mas voltei ao amanhecer.