De repente você é tomado por uma consciência extra, por uma culpa repentina, você falhou consigo mesmo.
Tanto tempo, por muito tempo, enquanto a luz Solar ilumina passos firmes, passos que vão longe; você fica parado sob a luz da luminária, fingindo... fingindo...
A jornada é curta e longa demais.
Esse caminho que vem sendo percorrido por mentes sonhadoras e românticas é tortuoso, leva ao nada, o que conta é o caminhar, lado a lado, sempre uma voz no ouvido, mãos se tocando, a estrada de fundo, você de fundo, só a energia fluindo, te carregando nos braços... te levando ao lugar mais seguro... cada vez mais seguro.
De repente isso não faz mais sentido.
O despertar é cada dia mais estranho, mais solitário, mas sempre quente, sempre com a energia calma e pacífica te despedaçando, te fazendo sangrar, te fazendo gritar em silêncio, te poupando do desafio, te escondendo do perigo, negando... sempre negando.
De repente a dor se faz companhia, se faz sua única companhia, nela você se encontra realmente, você se pune diariamente, nela você é real, nela você vive; deixando de lado a estupidez do primeiro amor onde você se mutila pra caber, pra servir.
Esquecer, deixar, não ouvir, não ver, sumir, dar o fora, pra não precisar de um último momento, um último instante, um último suspiro, a morte enfim; pra quê? Afinal, ninguém sabe quando de fato tudo vai acabar.
Que as palavras se façam reais, que os sentimentos sejam reais, que a ausência seja de fato real, que o limbo me liberte de uma vez, que venha o inferno então.
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